Tincoãs: Um olhar diferente para a cultura africana
Por Mariana Zanchetta
Tincoãs. Ave do cerrado brasileiro, que na lenda
amazônica, é presságio de morte. Marcada pela sua presença e pelo seu canto,
inspirou Erivaldo, Heraldo e Dadinho, na cidade de Cachoeiras, a nomear
o trio musical que estava por vir na década de 1960. Com o repertório de
boleros, Erivaldo escolhe ficar em Cachoeiras, dando espaço para a entrada de Matheus
Aleluia (@mateusaleluia). Aleluia, Heraldo e Dadinho revolucionam a
música popular brasileira, com músicas vivas. Cantam sucessos como “Deixa a Gira Girar”, “Cordeiro de Nanã”,
“Na beira do Mar” e “Ogundê”. Letras
carregadas com suas histórias de vida, aproximando cantos religiosos, deuses,
orixás, e sambas de roda, reforçando a ancestralidade afro-brasileira.
Musicalidade
essa celebrada pelo Projeto Pra Gira Girar (@pragiragirar),
formado pelos artistas Alan de Deus, Alvaro Lancellotti, Ana Magalhães,
Diogo Gomes, Michele Leal, Pedro Costa, Zé Manoel e Zero Telles. O
coletivo, idealizado a partir da obra de Tincoãs, propõe um olhar da
música de origem africana diferente do convencional, sem exotismos e não como
um simples objeto de estudo. Com uma mistura de instrumentos de percussão e
cordas, retomam os arranjos vocais em harmonia, marco pelo trio, para
exaltar a história do grupo. Em cirandas, assumem a responsabilidade de ecoar estas
vozes, as quais foram - e continuam
muitas vezes, sendo silenciadas pela história.
E anota aí:
Dia 22 de agosto, o grupo vai se
apresentar em um show acústico no SESC Ramos (Rio de Janeiro), as 18:30 horas.
E com entrada gratuita!
https://www.youtube.com/watch?v=3RtNcbej190
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